Por aí

Alguém comentava algo cortante
E minha audição escurecia
Alguém me abraçava errante
Minha pele congelava e sumia.

Alguém ensinava a viver
Mas a vida sozinha não era minha
Alguém me fazia rir
Mas o riso talvez não convencia

Alguém perguntava sobre mim
O mim, porém, não havia
Alguém simplesmente corria
E minha sólida visão perseguia.

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