Vinho Extinto

Cansado, o impiedoso sonho agora quer vinho
A taça, eu suponho, é amizade perdida é carinho
Torturado, o sufocado silêncio requer barulho
A cidade, o momento alado não vêm do entulho.

Aos amigos, não se vê espírito trocado
entre amigos. Não puder demasiado
em perigo, amar-se entre amigos
Quando inexiste o vinho.

Ausência é falta distinta em tons de pretos
Distingue alta, faminta do esqueleto
opaco. E os sem retrato não moram aqui
Afastam-se e subsistem e estão por vir.

A taça sem vinho nem retrato o comove.

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