Um sol equânime move seus raios
A sentidos opostos pra um mesmo vertical mirante
Eu sou átomo, molécula, célula
Enfim, espinho
Um sem lugar invisível
Um sem lugar, um perigo
Um sem lugar, um abrigo
Do homem.
Eu sou um átomo
Mas na verdade um sem espaço
E todo saco que incomodo
Está vazio
Orbito, isto é, habito um corpo e muitos outros
Sorrio, todos os átomos se alinham
E um sol equânime move seus raios
Tu não sabe, mas as idéias fervilham.
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