Diógenes e seus poemas II

A casa era tão velha
quanto a atitude de quem estava
Era perfeitamente imprudente
Era diversificada
Localizava-se na escuridão perdida
E arrependía-se de ser localizada
À sua frente, mato de plantação bandida
Dentro, parece que estou agora,
surgiam os mais bizarros seres em pé,
Dois homens no banheiro, uma neblina sem fé;
uma mulher careca, ao som de Chico;
um Chico que ria da cena patética;
garrafas largadas, balançadas por um gato;
um papagaio pirata, que comia pão;
uma alma penada junto ao galpão;
um Túlio que só agora lamentava a morte do amigo,
(que morrera há três anos);
um gordo sério, que me encarava e por dentro corria perigo;
e um quarto sem graça, que dormia profano.
Restava ainda uma novela com Maria Amélia,
uma recitação de um poema, que só ouvia "caderno"
um eu arrependido e sentado na calçada,
um adeus perdido, aliviado na estrada.

Um comentário:

  1. ♥♥♥ estes poemas são muitos legais

    •◘○♦♣♠☺☻♥

    ♥☻☺☺☻♥

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