Borrou toda a sua roupa com aquele sangue impuro. Vagabunda! Ela conseguia ser mesmo morta. Com um furor maníaco, segurava-lhe os cabelos e lhe violentava o corpo inanimado, onde só ele sentia os movimentos naquela carne fria; tão fria quanto os seus próprios olhos. Sentiu prazer ao dilacerar o seu abdômen de onde jorrava sangue quente. Contaminado pela luxúria, pelo pecado. Arrancou-lhe o útero e berrou em um devaneio, como se quisesse que o mundo o escutasse, embora estivessem no chão daquele banheiro imundo. Gritou tão alto que fez sua garganta doer. Tomado de ódio ele disse no ouvido do cadáver: como eu te odeio mãe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário