Fé.

Eu andei lendo uns livros por aí que batem de frente com o sentimento de fé.
Sempre fui descrente, não nego. Desde os seis anos, me pergunto sobre a origem do universo; nunca acreditei em Adão, Eva e derivados.
Tento me tornar uma pessoa melhor a cada dia (um desafio impossível quando não se quer melhorar de verdade) e acabo chegando no ponto RELIGIÃO.
Não gosto muito de falar sobre, mas curto estudar sobre.
No Anticristo de Nietzsche, é necessário frizar as diversas objeções feitas à Igreja Católica como manipuladora da ignorância da sociedade.
Quais são as causas e efeitos de um livro como esse em uma pessoa descrente, duvidosa da fé e com sede de filosofia? Eu ainda não sei, pois não terminei de ler o livro ainda. Perco muito tempo sublinhando, pondo símbolos, explicando o ponto de vista do autor em contraste com o meu e etc.
Hoje, 30/10/2007, fui assistir uma palestra em um Centro Espírita e levei comigo meu atual livro de cabeceira e anotei nele a seguinte observação:

Ouvindo as preces realizadas na palestra , observei que a tradição de "virgem maria" e "ser humano pecador" ainda resiste nas bases da religião cristã, seja ela qual for. A divinização de "Deus" e a sua supervalorização que nos torna pequenos diante do mesmo.

Aí é que está a coisa. Se eu tivesse o interesse de saber a opinião do diretor daquela Casa Espírita sobre o livro, ele me diria que Nietzsche era uma pessoa descrente, atéia e SEM FÉ. Fé de novo?
E se eu perguntasse a Nietzsche o que ele acha de certas instituições religiosas dos dias de hoje, ele me responderia que são apenas instituições que tentam conduzir o seu "rebanho" mergulhando-os na ignorância e na cegueira da FÉ.
A quem dar a razão? À razão ou à fé?

Um comentário:

  1. acho que a questão da fé, ou crença em qualquer que seja a coisa, parte da necessidade de ter algo maior pra poder se apoiar em momentos difíceis e atribuir "explicação" as coisas que nós não conseguimos explicar.
    acho também, que fé é saudável, desde que não seja fanatismo. e também acho qualquer religião válida, desde que ela não faça mal nem disrespeite ninguém.
    e o que deve existir não é uma "escolha" entre a fé e a razão, é o equilíbrio entre os dois, e que a pessoa se sinta bem, claro.

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