Diógenes e seus poemas IV

Acredite, feliz cá estou
Num imenso lótus dourado,
Mesmo que sonhado,
O vento me levou.
Barbantes, caixas, nenhuma saída
Ovelhas brancas, coloridas
Escondem-me uma inexistente tristeza
E eu crio mminha própria tristeza
Andaimes, ferro, coragem
Aneís, jóias, verdade
E eu crio minha própria tristeza
Homens, mulheres, flores
Um mar de flores
Há um terceiro olho que sangra
Mas, acredite, feliz cá estou.

Um comentário:

  1. Por favor!
    Ajuda a que se faça Justiça a Flávia. Se és um ser com sentimentos, ajuda!
    Eu jamais invadirei teu blogue, garanto! Mas ajuda.
    Repara bem: eu, tu, seja quem for, tem nosso pai, nossa mãe, nosso irmão ou irmã, ao longo de 10 anos em coma, que vida será a nossa?
    Se não tivermos a solidariedade de alguém com sentimentos, que será de nós?

    TEMPO SEM VENTO

    Ah, maldito! Tempo,
    Que me vais matando,
    Com o tempo.
    A mim, que não me vendi.
    Se fosses como o vento,
    Que vai passando,
    Mas vendo,
    Mostrava-te o que já vi.

    Mas tu não queres ver,
    Eu sei!
    Contudo, vais ferindo
    E remoendo,
    Como quem sabe morder,
    Mas ainda não acabei
    Nem de ti estou fugindo,
    Atrás dos que vão correndo.

    Se é isso que tu queres,
    Ir matando,
    Escondendo e abafando,
    Não fazendo como o vento:
    Poder fazer e não veres
    Aqueles que vais levando,
    Mas a mim? Nem com o tempo!

    David Santos

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