Sou uma poesia por aí
A me vagar pelo tempo
Fui solta escrita folha
Neste mundo que sustento.
Sou a não razão
Dos andares desse prédio
Expelida pela boca-tinta
Dos andares sofrimento.
Sem cautela, vou boiando a voar
Sonho, seta, sopro, só
Fui-me solta escrita folha
Num lamaçal cinzento.
Sou poesia prostituta
Dou-me por inteira aos homens
Que me acham e vão embora
Eu grito seus lamentos.
Quis comentar, mas depois de "poesia prostituta" fiquei com medo de aliciar as palavras, ainda mais do que já faço.
ResponderExcluirGrande abraço!
É por isso que a maior dor de um poeta é liberar suas palavras ao público, nunca se sabe o que os leitores farão com ela, se vagarão pelo tempo com as dores daquele que a escreveu, despercebidas, ou com o risco de prostistuirem-se recebendo nada em troca daqueles a quem se entrega...
ResponderExcluirBelos versos!
Xêro, ravi.
Concordo plenamente Pri!!!
ResponderExcluirRavi eu tinha esquecido que você escrevia! não havia pensado na forma prostituição das palavras, mas sempre as senti prostituidas... =)
Abraço!