Dor

Ela passa fina como um fio

Por pouco não quebra

E me suspende no céu de anseios

Balanço leve e quente, minha mente

O doce agora é perigo

Chego a amar mais o inimigo

Mudo a cena, me apresso

E na certeza de um verso

Um dia vou morrer de mim mesmo.

 

Um dia vou morrer de mim mesmo

E de meus sonhos pensamentos.

Serão como um tiro à meia estrada

Serão o fogo que acalma a alma

Mato-me de uma vez

Mato-te o talvez

E dois segundos de nada se tornam mais dois

Mais quantos ousarem vir

Mais quantos ousarem me ouvir.

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